Entre mim e mim, há vastidões bastantes
para a navegação dos meus desejos afligidos.
Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que a atinge.
Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.
Virei-me sobre a minha própria experiência, e contemplei-a.
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza.
Ó meu Deus, isto é minha alma:
Qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e precário,
como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera ...
[Cecília Meireles]
Bruno Garcia
Muito bom. Cecilia Meireles, sempre encanta.
ResponderExcluirBjux
Mas eu te encanto mais, confesse...rsrs
ExcluirBjux
Gente! Nunca pensei em ver Cecília usando o bordão: "OMG"
ResponderExcluirkkkk
ps: brincadeira viu?
É todo um processo evolutivo kkkkkkkkk
ExcluirGostei do poema,ja to te seguindooo =)
ResponderExcluirhttp://umagarotacitouu.blogspot.com.br/
Obrigado, seja bem-vinda!
ExcluirBjos :)
Gosto de Cecília...mito e esse poema me lembrou o salmo biblico 131.
ResponderExcluirUm dia, um amigo o cantou e gravou pra mim.... ele sabia que eu gosto dele. Em outras palavras...é quase o que diz o poema.
Beijos Bruno
Ps:Cadê os posts dos avós???
Não consegui postar, deu errado...acabei excluindo..rs
ExcluirBjos