sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Fantasia




Vestiu-se toda de festa e adornos mil;
Expressou o seu sorriso mais faceiro e encanto juvenil;
Esperou impaciente e cantou baixinho em meio à orquestra varonil;
Por fim junto ao copo vazio viu se aproximar a solidão e irremediavelmente a desilusão;
Aí cantou a passarada, iniciando com a alvorada o raiar de mais um clarão;
O salão vazio como por encanto a tomou nos braços, corpo já quase desfalecido e, a rodopiou em uma dança frenética e inesperada;
E no seu longo pranto cintilaram gotas que já não eram do orvalho;
Desfez-se em poesia e caíram por terra os graciosos enfeites de outrora;
A ausência tão sentida, igualmente retraída se despiu em meio à dor;
E no leito perfumado, o corpo nu, branco e macio, recaiu exasperado;
O amor não veio ou não veio o objeto amado?
Cerra os teus olhos e sonha... Em meio ao branco e preto, que o colorido se fará notar... E não alivies a alma, que de tão serena e mansa já não a deixará despertar!

Bruno Garcia

3 comentários:

  1. Esta ilustração me fez lembrar a "Prochaska" ... kkkkkkkkkkkk

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  2. Boa noite meu queridão, como vai rapaz lindo ?
    Somente um aquariano, para ir a fundo no vazio que assola nossa alma. Você tem uma forma doce e ao mesmo tempo triste de se expressar. Para mim é louvável, pois o leitor, interpreta de acordo com o que está sentindo. Tenho até vergonha de comentar, pela domínio poético em que escreve, é divino meu amigo. Um dia chego lá, rs

    Um abração,
    Um beijão,
    Dan.
    http://gagopoetico.blogspot.com.br/

    PS: Ando numa correria braba, mais ainda iremos conversar melhor.

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